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Não revisado.

Seus olhos se arregalaram diante da presença do garoto em sua frente. Um grito de susto ficou entalado em sua garganta, e ela se levantou com rapidez do chão sujo. O garoto se aproximou das grades da cela, e Aster deu dois passos para trás, recuando.

-Calma. Está tudo bem. – o belo rosto foi preenchido por um sorriso acolhedor. - Estou aqui para cuidar do seu machucado. Kahed e disse que você quebrou o braço.

-Não preciso de ajudar. – respondeu com rispidez.

Ignorando o protesto de Aster, ele abriu a cela e se aproximou, estendendo a mão.

-Meu nome é Louvis, sou curandeiro, só me deixe olhar seu braço machucado. -Estendeu a mão em direção ao braço inchado da garota.

-Não. -Retrucou Aster.

As sobrancelhas loiras do garoto se arquearam diante da recusa. Então ele se sentou no chão sujo e a encarou, com a cabeça erguida.

-Então, vamos esperar. Uma hora a dor vai se tornar insuportável e você terá que aceitar a minha ajuda.

Aster examinou o garoto, e levantou o olhar para cela aberta. Não era possível que ele fosse tão burro.

-Ah, não pense nisso, tem gente lá fora me esperando. – disse, ao notar o olhar no rosto dela. – Vamos, senta ai. – Deu pequenas batidinhas no chão sujo. – Qual é o seu nome?

Aster pensou em auas alternativas, seu estomago se embrulhou, e ela hesitou antes de propor;

-Você pode examinar meu braço, mas então eu quero algo para comer.

-Perfeito, vou te levar para o meu lugar e examinar esse braço inchado. Depois te levo para comer, e  você ainda pode tomar um ar fresco. Esse lugar não cheira muito bem... – exclamou, e se levantou passando as mãos pelo cabelo.

O garoto passou pelas grades de ferro, e esperou que Aster passa-se para fechar, então ele estendeu a mão, e ela olhou confusa para ele.

. Kahed disse que eu podia caminhar com você, desde que ficasse algemada. - Balançou as algemas que segurava diante da confusão no semblante de Aster.

Louvis fechou as algemas nos pulsos finos de Aster e passou pela porta de ferro, ela o acompanhou.

-Me siga. E não ligue para os olhares de desdém, o pessoal odeia pessoas do rei. – disse e Aster olhou ao redor, notando os olhares de ódio que as pessoas direcionavam em sua direção.

Eles caminharam calmamente entre as casas, e Louvis guiou a garota até uma pequena casa de madeira, nos fundos da vila, que estava cercada por flores e árvores. Louvis apontou e comentou que eram ervas medicinais, mas Aster apenas deu de ombros. Louvis subiu os três degraus e passou pela porta redonda, Aster o seguiu. E ao entrar o cheiro de nozes estava espalhado por todo o lugar. O lugar era todo feito de madeira, e havia armários de vidro nas paredes. Três camas estavam do outro lado, e uma grande mesa dividia o ambiente. E tudo era iluminado por uma luz amarelada, era tudo calmo e acolhedor.

-Nós chamamos esse lugar de enfermaria do sol. Mas como você pode ver não tem muitos curandeiros e nem doentes...

-Você é o único curandeiro? – a pergunta escapou de seus lábios antes que ela pudesse se controlar.

-Não...tem o velho Erick, só que ele não está tão lucido assim. – Confessou andando entre os armários, passando os olhos pelas prateleiras.

-Velho Erick? Da lenda? O Betalurge?

-É, mas ele não sai curando todo mundo igual na lenda, e ele também não transforma mais pessoas em rios. -Louvis disse enquanto mexia em uma prateleira repleta de suplementos. – Tem a Ryona, mas ela não tem poderes de cura...

Herdeira da LuaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora