There Is No Salvation [Short fic]

Three - Desperate

Batemos a meta então voltei com mais um capítulo, vocês são tudooooo 🥰

Venha aqui sente-se ao meu lado, nós
podemos ver onde as coisas vão naturalmente... Apenas diga a palavra e eu vou abrir o mar, apenas venha aqui, sente-se ao meu lado.

Sit Next To Me - Foster the People.

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Como eu não queria dormir na festa, saí da casa de Olívia antes do amanhecer e fui para a minha, tentar dormir um pouco e descansar as pernas que doíam por conta do salto, por mais que era baixo. Após o parabéns, fomos para a pista e dançamos feito loucos e tudo melhorou quando os mais velhos foram embora, deixando apenas os jovens comandando a festa.

Dançamos feito loucos, selvagens e livres. E bebemos para caralho também!

E foi por conta da bebida que eu fiz uma besteira.

Quando vi que meu estômago estava querendo botar algo para fora, deixei o pessoal na pista e subi as escadas, indo em direção ao banheiro. Não tinha visto Lauren durante alguns minutos então, presumi que ela estaria essa hora na casa da loira peituda fudendo-a.

Mas eu estava errada.

Assim que entrei no banheiro para vomitar, tropecei em um dos tapetes do mesmo e fiz um barulho enorme, enquanto tentava me agarrar para não cair. E por conta desse barulho, fiz Lauren aparecer no banheiro, enquanto botava tudo para fora, da pior maneira possível.

— Camila? — Veio em minha direção, puxando meu ombro, enquanto eu limpava minha boca e dava descarga. Era ruim demais para ser verdade. Lauren me ver nessa condições péssimas.

— Estou bem. — Gaguejei, tentando me levantar sem sua ajuda. — Tropecei e quase caí. Só isso.

— Você me deu um susto. — Puxou minha mão e me ajudou a subir.

— Não precisa se preocupar, Lauren. — Soltei de seu braço rapidamente, de uma maneira estúpida. — Estou ótima, pode deixar.

— Cuidado. — Andei sem olhar para trás, talvez por vergonha, não tanto pela bebida. Eu queria estar bêbada o suficiente para não lembrar desse ato vergonhoso mas lembrava de cada detalhe.

Lauren chegando no banheiro assustada. A preocupação em sua voz. Suas mãos em meus ombros, para que eu não vomitasse para fora. A leveza do seu toque ao me puxar. Tudo.

O abismo só estava ficando mais íngreme. Meus pés já estavam para fora.

— Que ódio! — Entrei no meu quarto e desabei, querendo não lembrar do vexame. Ainda fiquei um tempo na festa, mas o azedume tinha me tomado então me despedi de Olívia que estava muito mais louca do que eu e fui embora sozinha. Agora, tudo o que resta é deitar com a maquiagem toda borrada e esquecer disso por apenas algumas horas, pois sei que a mente vai torturar muito ainda.

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Depois de cinco horas na cama, vegetando, resolvi levantar, tomar um banho e sair para tomar café em alguma lanchonete por aí. Peguei minha carteira, chateada pelo dinheiro do meu último emprego estar chegando no fim, peguei o necessário e saí, depois de avisar minha mãe que iria tomar café fora e se ela queria. Como sua resposta foi um não, saí rapidamente, guardando o dinheiro no bolso da blusa.

Meus passos eram lerdos e meu objetivo era ir em uma lanchonete que ficava á três ruas de minha casa. Mas, uma buzina familiar atacou meus sentidos, fazendo minhas pernas falharem em pleno asfalto. Não, não. Não.