— Feliz Dia da Recepção!

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Após entrar para ir ao banheiro, fiquei parada observando da janela da cozinha a festa no quintal por alguns minutos. Tudo estava maravilhoso. Meus pais estavam conversando com o novo sócio de Lauren e sua esposa, Roman estava flertando com a mãe solteira de um dos melhores amigos de Beck ― talvez eu
tenha mencionado o status de solteiro para os dois antes ― e Beck estava subindo na casa da árvore que ele e sua mama passaram quatro meses construindo depois de nos mudarmos.

E aquele era o Dia da Recepção. Meus pais estavam ali e aquele ano seria ainda mais especial.

Do quintal, Lauren me flagrou observando e pediu licença da conversa com um de seus novos amigos. Ela entrou na casa e veio por trás de mim, me abraçando e também olhando pela janela.

— O que estamos observando?

— Minha vida.

— É? — Ela me virou e me deu um beijo doce.
— Agora eu também estou olhando para a minha.

Meu coração suspirou.

— Amo quando você fala coisas fofas para mim.

— Ontem à noite, você amou quando te falei coisas safadas.

Coloquei os braços em volta do seu pescoço.

— Talvez eu simplesmente te ame.

— Eu sou bem maravilhosa mesmo!

Revirando os olhos, dei risada.

— Egomaníaca!

Lauren me deu um beijo na testa.

— Seus pais estão ansiosos para comer bolo. Acho que sua mãe gosta de doce.

Meus pais tinham começado a me importunar com o bolo no minuto em que entraram. Só que não pelo motivo que Lauren pensava. O sol começara a se pôr, e provavelmente havia passado uma hora de quando deveria ter servido o bolo, mas eu estava enrolando. Um repentino ataque de nervos me tomou, depois de mais de seis meses ansiosa esperando por essa hora.

— Prometi a Beck que ele ajudaria a carregar o bolo. Por que não vai fazer um café, e eu vou ajudá-lo?

Encontrei Beck, e ele correu para casa quando eu disse que chegara a hora.

Ele sorriu de orelha a orelha, e isso me trouxe muitas lembranças da empolgação do meu primeiro Dia da Recepção. Vendo o filho dela tão animado, Lauren disse:

— Esse deve ser um bolo e tanto!

— Está no meu quarto. O tio Roman disse que colocou debaixo do meu travesseiro porque ele é melhor que uma fada — Beck gritou por cima do ombro, já na metade do corredor.

Lauren uniu as sobrancelhas. Estendi a mão para ela sem explicação.

— Venha.

O quarto de Beck era amarelo brilhante. Nós o tínhamos deixado escolher a cor quando nos mudamos permanentemente para Atlanta depois que o semestre acabou. Cumprindo sua palavra, Lauren não reclamou de todas as cores que coloquei na casa. Cada quarto era mais colorido que o outro, exceto nosso quarto, que eu tinha pintado de um cinza apagado. Escolhera essa cor porque, quando perguntara para Lauren que cor ela gostaria para o nosso quarto, ela me disse que eu era toda a cor de que ela precisava. Então, pensei em lhe dar o que gostaria para o quarto, já que era o lugar em que ela sempre me dava o que eu gostava.

Beck estava em pé ao lado da sua cama com o envelope nas costas. Parecia que ia explodir de felicidade, seu sorriso era muito grande.

Assenti para ele.

CAMREN: Capitã Prolactinadora (G!P) Where stories live. Discover now