Kana Harumi é uma garota que tem um trabalho de meio período em uma cafeteria, quando um sino toca ficando um cliente e entra um garoto de olhos vermelhos intensos.
Capa feita pela @uchiha_uzumaki
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Semanas se passaram e estávamos perto das férias de verão, minha mãe estava muito animada junto com a minha irmã, elas iam passar um tempo na casa da minha tia. Escolhi não ir já que tenho trabalho e Momo convidou as meninas e eu para para passarmos uns dias na casa de praia dela. No final o que minha mãe tinha era problema no fígado, segundo o médico ela consumiu muito álcool nos últimos 2 anos, o que eu não faço ideia de como foi possível, já que eu nunca vi minha mãe com uma gota de álcool na boca.
Minhas notas não estavam das melhores, mas não era o suficiente para me fazer reprovar. Não tenho mais faltas nas primeiras aulas, já que Mina e Bakugou me ligam de manhã todos os dias pra me acordar.
Falando no loiro, nossa amizade cresceu de uma maneira muito rapida, conversávamos sempre nas nossas horas vagas, nossos grupos sentavam juntos no almoço, ele sempre passava no meu trabalho e a gente conversava, de vez em quando ele me trazia até em casa, porque dizia que era muito perigoso pra uma garota se defender sozinha a noite. Ele me levava na academia nas nossas folgas e sempre perguntava se eu ia nos shows da banda, mas nunca me convidava.
E nesse exato momento eu estou quase enfiando minha caneta no meio do olho dele.
- Eu. Não. Vou. Te. Vender. Café. Hoje. - bato a caneta na mesa e escuto Mizushima rindo atrás de mim
- Eu. Quero. O. Meu. Café. Hoje. - vejo o ódio nos olhos do garoto
- NÃO! - grito
- EU QUERO - ele berra
- parem de gritar - Hitoshi reclama se debruçando sobre o balcão
- Ninguém te chamou na conversa, peixe morto - Bakugou cerra os punhos em cima da mesa - por que não vai me dar o meu café hoje? - ele se vira pra mim
- porque café de mais deixa os dentes amarelos, da bafo e vicia - aponto a caneta na cara dele - estou salvando a sua vida de ser um viciado em cafeína - cruzo os braços
O loiro cerra os olhos e me olha de cima abaixo
- me dá café - manda
- já falei que não - me viro de costas - se não vai pedir mais nadaz peço que de retire e para de encher o saco
- o que você sugere, então? Não posso mais tomar café, vai me deixar morrendo de sede?
- vendemos água também, não se preocupe, vai querer uma garrafa? - debochou e ele cerra os olhos com raiva
- eu não tô com paciência, idiota
- capuccino de doce de leite, é uma delícia - digo e me apoio no balcão sorrindo pro loiro que revira os olhos
- quero isso também e...isso aqui - ele aponta pra um bolo de chocolate amargo
- ótima escolha - abro um sorriso anotando o pedido - Mizushima - chamo o homem que estava fazendo as bebidas
