49% - Perdoar.

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chegay

Relevem os erros, n revisei.

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Laryssa point of view

Encarei a mulher que estava na minha frente, dedilhei meu dedo pelos traços delicados de seu rosto, o suor e a respiração ofegante denunciava seu então orgasmo tido a pouco.

Sorri de canto, agradecendo ao céus por ter colocado aquela garota em minha vida.

- Eu te amo. - Confessei com a voz mais arrastada do que imaginei.

- Eu te amo muito. - Percebi uma lágrima solitária descer de seus olhos e tratei de enxugar.

- Por que está chorando, amor? - Perguntei preocupada.

- Nada, eu só... - Ela respirou fundo e então me puxou pra um abraço apertado.

- Me conta o que tá acontecendo, você tá assim não é de hoje, princesa. - Falei com o rosto enterrado em seu pescoço, enquanto a abraçava desajeitadamente pela posição em que estávamos.

- Eu só quero ficar assim com você, tá bom? - Pediu e eu me afastei minimamente pra olha-la.

- Tudo bem. - Deixei um beijo em sua testa e em todo seu rosto, a fazendo sorrir.

[...]

Já estávamos no natal, Giana e eu tínhamos comprado presentes para nossa família que se reuniria e para nós duas também. Passamos a tarde toda fora e já estava escurecendo quando nós fomos direto para minha casa.

- Cheguei, família. - Dei um beijo no rosto da bisa que estava sentada no sofá assistindo a uma novela.

- Oi, meninas. - Sorri ao ver Raquel e a abracei, Giana fez o mesmo.

- Não sabia que viria, Rachel. - Giana disse e elas engataram em uma conversa,

Fui até a cozinha pra levar as comidas que minha mãe tinha pedido, Mariana estava lá, junto com tio Rodrigo e tia Marcela.

- Resolveu dar uma trégua? - Perguntei a Mariana assim que coloquei as coisas na mesa.

- Não vou nem te responder. - Revirou os olhos e voltou a fazer algo no fogão.

- Hoje é dia de paz, sem brigas, por favor. - Mamãe disse e eu dei de ombros.

- Está aqui tudo que pediu, querem ajuda? - Perguntei e logo fui posta pra fazer a sobremesa.

Giana e Raquel ficaram encarregadas das decorações e de organizar a mesa, hoje a bisa não faria nada, mesmo ela querendo por em prática suas receitas, ela apenas orientou em algumas comidas.

Depois de tantos anos o clima ali era agradável, eu estava feliz por isso.

Nem Mariana tinha estragado nada, ela estava muito parecida com a Mariana de antigamente e mesmo que fosse algo momentâneo, já estava de bom tamanho.

- Hora dos presentes. - Tia Marcela falou animada e levantou, logo todos se animaram também.

A troca de presentes foi feita com muitas risadas pelas palavras e pelos presentes zoados de minha mãe com o tio Germano, esses dois sempre fizeram isso um com o outro.

- Eu quero falar um pouco, aproveitar que estão todos aqui. - Mariana disse e teve a atenção de todos.

Olhei pra Giana e ela me olhou de volta, com certeza compartilhávamos da mesma confusão, tava bom demais pra ser verdade, mas eu ainda tinha esperança de que não fosse nada demais.

- Eu sei que eu fui uma grande filha da puta. - Ela disse e levou um tapa da nossa mãe. - Com todo respeito, dona Ju, deixa eu falar. - Se recompôs. - Eu errei em muitas coisas com cada um de vocês, principalmente com você. - Ela me olhou.

Eu ainda não acreditava muito em suas palavras, ela estava se desculpando. A Mariana estava ali diante de todos, se desculpando por ser uma grande babaca todo esse tempo.

- Eu te fiz coisas terríveis e não me orgulho disso. - Ela disse e eu engoli em seco. - Eu sei que não vai ser fácil me perdoar ou termos uma relação de irmandade novamente, mas eu queria que você me desculpasse. - Permaneci calada.

Eu tentava digerir tudo aquilo, de um dia pro outro eu vi uma Mariana tentando se redimir pedindo desculpas a todos pelas suas atitudes desprezíveis e isso era de mais pra minha cabeça.

- Você está falando sério? - Perguntei a encarando e ela assentiu.

- Eu estou, não precisa forçar nada, apenas quero que tente e se um dia você me perdoar, eu vou ficar muito feliz. - Ela deu um sorriso triste e eu me levantei depois de olhar nos olhos de Giana e vi ela me encorajar a ir lá.

- Eu não vou fingir que te perdoei, mas eu acredito que assim como eu, todos sentiram a verdade em suas palavras. - Respirei fundo e sorri. - Eu só quero viver feliz e em paz e se você está pedindo uma trégua, se depender de mim ela vai ser dada. - Estendi minha mão e ela me puxou pra um abraço.

Ouvi os murmúrios e palmas de alegrias vindo da nossa família. Aquele dia estava todo estranho, mas eu estava radiante.

- Se você voltar a ser aquela Mariana, eu juro que te soco. - Falei somente pra ela ouvir e ouvi sua risada. - Eu ainda quero descontar todas as porradas em você.

- Eu deixo você me bater. - Dei um soco em seu braço. - Au, porra!

- Não é nem metade. - Dei de ombros e voltei a sentar do lado de Giana.

- Que loucura. - Ouvi ela falar e concordei.- O mais incrível é que eu acho que ela está realmente falando a verdade.

- Eu também.

- Vamos dançar, família. - A bisa disse e nós a olhamos chocados.

- Olha a bisa. - Giana disse entre risos ao ver ela dançando assim que aumentou o som.

Aquele estava sendo de longe um dos melhores dias da minha vida.

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Notas finais

eeeeeeeeeee, complicado 🤡

A namorada da minha irmã - GilaryOnde as histórias ganham vida. Descobre agora