Anjo da guarda

Alma Gemeas

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É proibida a distribuição ou cópia de qualquer parte dessa obra sem o consentimento por escrito do autor. 

Esta é uma obra de ficção. 

Todos os personagens e situações aqui narradas são fruto da imaginação do autor. 

Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. 

Autoria: Danilo Candido Ericeira 

Diagramação e Revisão: Nanie Dias

Capa: Sem Autoria, Imagem disponivel na Internet

Anjo da Guarda

Dizem que a ligação de cada um vem de muito tempo antes de nascermos e que cada um de nós está destinado a proteger ou ser protegido por alguém. Uns chamam esse fenômeno de Anjo da Guarda, outros dizem que são as almas gêmeas. Mas a real verdade é que ninguém sabe explicar, não importa onde estivermos sempre teremos um protetor. Alguém em quem poderemos confiar até mesmo nossos sonhos. Aquele que verá através de nossos olhos, que estará sempre ao seu lado até quando você menos esperar. Mesmo que esteja a alguns metros, te dirá que está morrendo de saudades. Ele vai olhar no fundo de seus olhos e dizer: "Você é a pessoa mais importante do mundo." E um dia pela primeira vez em sua vida, você vai acreditar do fundo do seu coração.

Juliano ainda estava na escola quando conheceu uma garota que chamou muito a sua atenção. Cristina era uma garotinha baixa, de olhos castanho e cabelos Chanel, desde pequena gostava de andar na moda, com roupas modernas e um estilo despojado. O que chamou a atenção de Juliano era que a garota gostava de fazer muitas amizades e não se apegava tanto nos estudos, sempre ficava distraída durante as aulas, conversando com suas amigas e nunca tirava notas boas. 

Juliano era um garoto de pele morena clara, olhos e cabelos escuros, usava óculos e detestava roupas formais, preferia um estilo bem largado. Ele era considerado o CDF da sala, todos o chacoteavam de nerd, por utilizar óculos e sempre se esforçava para tirar boas notas. Vez ou outra, Cristina pedia auxílio a ele nas tarefas de casa, pois ela nunca fazia e sempre sobrava para o coitado fazer por ela. 

Ele não se incomodava de ajudar, pois em seu íntimo nutria um pequeno sentimento por essa garota e tinha esperança de um reconhecimento pelos seus esforços. O que o deixava extremamente triste era que ela nunca demonstrava um pingo de sentimento por ele. Por mais que se esforçasse, nunca passava de um pequeno e singelo obrigado o que recebia dela. 

Certa vez, andando pelo corredor da escola, passou por acaso na porta da sala dos professores e acabou escutando um pequeno comentário de um de seus tutores: 

- Não sei mais o que fazer para a Cristina tirar boas notas nas provas. Da maneira que ela está indo, vai acabar sendo reprovada. Essa é a última chance dela. Se tirar mais uma única nota vermelha, será inevitável - disse um dos professores. 

Ao ouvir isso, Juliano sentiu um forte aperto em seu peito, ele não gostaria de vê-la sendo reprovada. Ele voltou para a sala de aula e ficou pensativo por um bom tempo. O sinal do fim do intervalo ressoou e os alunos voltaram um a um e foram se arrumando em seus lugares. O professor entrou na sala, sentou em sua mesa organizando seus livros e materiais para a aula do dia. Ao terminar a chamada, anunciou a prova do fim de semestre, deixando a turma surpresa e com expressão de espanto nos olhares. 

Por sua vez, Juliano estava tranquilo, pois sempre tirava notas boas nesta matéria. O que o estava incomodando era que este professor era o mesmo que ele havia escutado falando sobre a reprovação de Cristina. O mestre saiu entregando em cada mesa uma folha com o conteúdo da prova. Assim que terminou de entregar, voltou para a sua mesa e, ao sentar-se, mencionou que a prova era individual e que se pegasse alguém informando as questões, seria automaticamente reprovado.