A vingança de Susan.

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A vingança de Susan.

 Por DebbyScar

Minha vida poderia ser mais fácil, mas não é. Eu era o tipo de mulher que morreria por um amor e matava para que esse amor tivesse tudo que quisesse. Meu nome é Susan Tabasco, ou era assim que me chamava antes de tudo isso acontecer e mudar por completo minha vida. Tenho vinte e cinco anos, era estudante de Psicologia na Universidade Federal, tinha uma vida razoavelmente boa. Sou de uma cidade chamada Natal, onde o sol e mar formam um casal perfeito. Onde até o morro que era para ser chamado de careca, parece uma bunda no meio das dunas. Na minha antiga vida, eu era frustrada, completamente frustrada e complexada por ter sido abandonada.

Eu tinha um noivo, o Paulo. Lindo, rico e simpático. Um belo dia Paulo me deixou, ele não só apenas me deixou, como também me deu um motivo para odiar os homens por toda uma vida. Ele resolveu que não me queria mais, faltando apenas duas semanas para o casamento ser realizado. O motivo dele ter feito isso? Achou o amor da vida dele no carnaval da Bahia.

“Não é isso que eu quero para minha vida” – disse ele ao terminar comigo por telefone. Terminar por telefone? Ele poderia ter sido mais original e ter mandado um bombo correio ou até mesmo ter tido a coragem de me dizer por email... ou whatsapp, assim eu não teria que escutar a voz daquele filho de uma puta.

Até um tempo atrás me perguntava quais seriam os motivos que me levou a me apaixonar por ele, e hoje eu vejo que não tinha motivos específicos, apenas o tamanho do pau dele. Acho que tinha uns vinte e quatro centímetros, era muito grosso, tão grosso que poderia arromba qualquer buceta na face da terra, concluindo, eu era arrombada e doida pelo pau do Paulo. Ele sabia me fazer gostoso. Dava gosto chupar aquele pau branquinho e enorme, minha boca mal dava conta de tanta fartura. Na época, ele havia me deixado para viver um amor tórrido e avassalador por uma loira, á tal loira da Bahia , e não vou mentir, ela vale a pena. Linda. Corpo escultural, peitos firmes e uma bunda deliciosa. Que bunda gostosa.

Depois de ter passado a humilhação de ter que devolver todos os presentes, me sentia um lixo. Literalmente um lixo. Resolvi que minha vida não tinha mais sentido, que eu iria para o point dos suicidas de natal. A ponte Newton Navarro, onde quase todo mundo que está desiludido com a vida quer ou tem que pular de lá. Acho que deve ser “mô” adrenalina. Mas minha história começa realmente quando eu tento pular da ponte, querendo dar um fim na minha vida. Lembro que o vento não estava me ajudando na concentração. A porcaria do vento queria me derrubar antes do meu desejo de pular dali.

– Se eu fosse você não pularia – disse uma voz masculina macia por trás de mim. A pessoa não pode nem se matar em paz.

– Não tenho mais motivos para viver... – falei segurando a grade de proteção, que de proteção só tem a intenção.

– Não tem, mas eu posso dar o que você quer?

– O que eu quero? – perguntei chorando ao ver a altura da merda da ponte. Uma ponta de arrependimento começou a brotar no momento que esse alguém falou comigo, mas não sabia quem era a pessoa que falava comigo.

– Vingança...

– Vingança?

– Sim, vingança. Basta apenas você querer e dizer que aceita.

– Aceitar o quê?– era o fim da picada, ficar tentando me suicidar e uma criatura querendo negociar.

– O lado negro da força... O pacto com o belzebu... Vender a alma para o diabo – foi quando me dei conta que só poderia ser o próprio diabo em pessoa propondo um acordo.

– Você só pode estar brincando com minha cara...

– Em troca, quero a alma do Paulo. Essa é minha condição para lhe dar a vingança e você terá direito a três desejos de presente.

Mulher que é mulher... É dama na rua e puta na camaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora