Capítulo 3 - Pietro Vargas

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Minha mala estava arrumada, graças a nossa senhora da arrumação do meu apartamento, Dona Maria. Ela trabalhava na minha casa desde que me mudei e passei a morar sozinho, de primeira pensei que fosse uma escolha do apartamento, mas depois descobri que ela era uma espiã de minha mãe para verificar o que como e o que faço da vida.

Meu relógio tinha despertado há poucos minutos, mas a preguiça não me deixava levantar. O voo estava marcado para as 10h, mas tinha que sair de casa mais cedo para evitar engarrafamento.

Tomei um café reforçado e preferi pegar um táxi, não confio nesses estacionamentos para deixar meu carro, sem que seja roubado ou sofra qualquer arranhão. Eu tinha comentado que não queria pegar engarrafamento, pois bem, estou nesse táxi há alguns minutos, quase uma hora na verdade. Reclamo algumas vezes e ele diz que vai tomar um rumo diferente, acabei chegando ao aeroporto às 09h10.

Estava à procura da dona chata no saguão do aeroporto, passei por uma mulher que estava sentada lendo algum livro, ela havia me atraído e tive que voltar para fazer um comentário.

- Voo atrasado? – queria ter a chance de ver aqueles olhos.

- Não! E não estou com paciência para te aturar hoje – ela respondeu rapidamente.

Só naquele instante percebi que a criatura tinha mudado a cor do cabelo e o pior tinha conseguido ficar ainda mais atraente.

- E, eu que não acreditava em milagres? – comentei quando ela tirou a lupa e colocou o livro dentro da bolsa.

- Milagres? – ela me lançou um olhar furioso.

- Você fica mais sensual com esse olhar furioso, chega me fez imaginar você fazendo outra cara, lá na minha cama – comentei, penetrando em sua alma através de seus olhos.

- Vá para o INFERNO! – ela arrastou a mala em direção ao check-in.

Acompanhei e assim que entregamos a mala, fomos na direção da sala de embarque. Estávamos chegando quando alguém gritou o nome de Magda que estava com o fone de ouvido, só para não me ouvir falar mais nada. É eu sei, ela é malvada.

Segurei no braço dela e ela me olhou brava. Interessante como irritava ela pelo simples fato de existir, mas isso ia mudar, porque só ficaria quieto quando a tivesse em minha cama, de preferência sem uma peça de roupa.Apontei e pude ver o sorriso dela surpresa.

Aquele cara chegou todo esbaforido, faltando ar nos pulmões de tanto que tinha corrido, pensei que fosse algum irmão dela porque ela esquecerá algo, mas logo tive a certeza que não era.

Ele se aproximou dela, e deu um beijo tocando de leve em seus lábios. Entregou a rosa que tinha na mão e estendeu uma caixa vermelha. Ele olhava nos olhos dela, ela desviou olhando para mim, como se pedisse ajuda. Fingi que não era comigo, só queria ver até aonde ia toda aquela cena.

- Você aceita casar comigo? – ele perguntou, me olhando com reprovação depois dela ficar me encarando.

Não dá para acreditar, mas a dona chata tinha namorado, noivo, futuro marido. É o fim do mundo, e eu que achava que ela era solteira e desimpedida. Mas, voltando ao assunto, ela não pareceu ficar muito feliz com o pedido.

- Bem... – ela gaguejou – Acho que ainda temos muito que conversar, antes de te responder isso.

- Mesmo assim, leve esse anel com você para que tenha a certeza que você vai pensar em NÓS.

Ela ainda segurou e ele tentou beijá-la novamente sem sucesso, ela agradeceu dando m beijo no rosto dele e segurou a caixa, se virando para mim, balançando a cabeça como um “vamos sair daqui”.

Rendidos de Amor 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora